Estará se repetindo o fenômeno que ocorreu quando A Trupe do Barulho estreou com Cinderela, a história que sua mãe não contou, lá se vão uns dez anos?
Tentei assistir o espetáculo O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas, no Janeiro de Grandes Espetáculos, no qual sou jurada dos espetáculos de dança contemporânea, e os ingressos estavam esgotados há vários dias, inclusive para a sessão extra que foi oferecida às 21h.A peça da Trupe Ensaia Aqui e Acolá, baseada no conto de Carneiro Vilela, A emparedada da Rua Nova, é simplesmente imperdível.
Vi duas vezes, quando esteve em cartaz no XIII Festival Recife do Teatro Nacional, ano passado, depois de cumprir outras temporadas. A cada vez chamei pessoas para ir comigo, que também comentaram com outras. E é assim, principalmente pelo aval de quem assiste, que o público tem aumentado vertiginosamente. Nada funciona mais que o boca-a-boca quando um produto é oferecido.
A história original é trágica: a moça solteira que engravida, contrariando a rígida moral do século dezenove, é emparedada pelo próprio pai. Mas na versão da trupe a crítica social é feita pela via do melodrama, com elementos circenses, gestos exagerados, uma estética kitsch e paródias bregas, tudo isso dominando a cena e provocando gargalhadas, para coroar a vitória do amor de Clotilde e Leandro.
Espero que a peça ganhe nova temporada.
Eu, Mariza.
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Jornalista. Revisora de livros. Mãe de Maíra. Criadora de gatos. Batuqueira de maracatu. Viciada em filmes antigos, séries de TV e blogs de literatura. Estudante de francês e inglês. Acredita na humanidade, apesar dos pesares
Mariza, parabéns pelo espaço.
ResponderExcluirsucesso!
Obrigada, Hideraldo.
ResponderExcluirTambém tenho lido seus ótimos textos.